sábado, 12 de junho de 2010

O esconderijo do sol

a Flor-Diana
é mais que poema, memória.
a poesia sublima


Lua, mostra o esconderijo do Sol!
(o universo é infinito. eu sei que é assim
humanos, procuram em vão um fim)


enquanto os desejos encontram morada
e nasce outro dia, a flor na estação
o aroma de amora recém-nascida
desperta do solo da vida
amantes, raízes
mais que um poema


(será que as galáxias são nômades caminhantes rumo à ruína?
é destino de obras humanas a ruína, das estrelas, o colapso.)


o dia, vem iluminar o resto do mundo, a história, o rastro
Humano brilho cósmico de um astro


à nascente Flor-Diana
um ramalhete de poemas deixei na janela...
ao despertar, escolhe as palavras que desejas
amantes, raízes, asas, inspiração é o teu rosto


semeia as palavras escolhidas no campo
e na relva deita teu corpo nu.
ouves o som da Terra, o mundo?
e teu humano seio pulsar junto?


Viva leonina esfera, o sol em teu signo retorna!
a florescência branca de pétalas de estrela renasce junto
à época em que comemoras uma outra volta em torno do sol


Viva, Rosa-dos-Ventos!
amada pérola, oásis,
alma do cristal.
Rosa-dos-Ventos, viva!


a Flor-Diana renasce

entre lírios tristonhos,

e o pranto do colibri

aflora na face de um sonho...

já ouviste o canto do Uirapuru ?


Tiago Abreu

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Eu vou correndo

Vejo eu um cortejo então desnudo
Num roteiro bacante improvisado
Mil olhares de único avisado
E perguntas se auto-proclamando
Coração bate forte neste ano
Os versejos são tão bem entendidos
O normal quase sempre é ofendido
Se o novo e anormal se apresenta
Pesso que o consciente não se ofenda
Mas prefiro o que não é circunstancia.
Os seus versos relembram minha infância
Eu os sinto no âmago infinito
Os meus olhos ao lerem soltam grito
O cavalo do peito precipita
Sentimento voraz sempre interdita
Racional sentimento sempre lento
Não sei bem que se passa no momento
Mas eu quero perder-me qual poeta.
Lhe garanto menina não sou atleta
Mas daqui pra onde estás eu vou correndo.



Luar do Conselheiro

sábado, 24 de janeiro de 2009

Peixes (cavalo marinho)

Você não sabe o que é ser um peixe no oceano
Você não sabe o que é cavalgar num cavalo do inferno
e ter um fantasma a lhe sussurar
Você não sabe o que é ter o coração acelerado
até parecer mil trovões
e dez mil tambores
Nem andar na motocicleta que montei

Mas sabe o que é andar num verso
e ver o eclipse?
E cavalgar cometas?
E tocar flauta ou tocar flor de trombetas?
pelo universo...

Somos vítimas do anseio
dirigidos pelo desejo
vamos novamente pegar a estrada
no deserto do nada

Vamos caminhar o destino sem medo
belas curvas anseio desejo
deserto veemente
belas árvores belos dias
sabemos do que está à nossa frente

Vamos explorar a luz
anseando o segredo das somnbras
da penumbra do fogo
vamos jogar o jogo

Caminhar no verso sem vestes
rezar na luz imensa as preces
ensinadas a nós assim como pegar os peixes
viajar no espaço infinito
vamos andar no cavalo marinho.

Gustavo Lobo

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Encontro.

Pelos horizontes atravesso os caminhos;
Vou seguindo no novo dia resplandecido e sozinho.
O dia do amanhã já nasceu;
A noite é nossa,
Olha tudo a nossa volta!

Vem então pra cá,
Vamos voar;
A Lua já vem,
Vamos libertar;
Esperar o dia
A noite
Tornar,
E tudo então se encontrar


Gustavo Lobo (mozaico)
voltas estranhas me levam de volta ao eu que reconheço
mereço por ele todas as horas de solidão no caminho
preso a espinhos encontro o macio lençol onde navego em sonhos
nada mais poderia me fugir, senão o inesquecível
no ponto extraordinário de levar o mais são a loucura
no ponto mais sereno que leva o louco a sanidade
coberto de impuras coragens de peito aberto em cidades novas
cavalgo meu vento em meio a multidões atônitas
o gosto do mel ainda é nosso
do gosto do fel me afasto
gosto juvenil e frágil
gosto.


Rodrigo Francisco de Oliveira(birosca)

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

(quase) Haikai's - para serem lidos juntos (ou não)

A saudade me invade
Não sei o que fazer...
Sinto medo.

...............

Estou tão longe
Que posso cruzar os horizontes
Com meu sentir.

...............

É hora de ir embora deste lugar
Primavera chegou
Meu coração flore.

...............

É chegado o final
Tudo o que fiz foi em vão
Sigo observando

...............

O espírito me invade a alma;
A sua verdade é o tempo;
Eterno até o último momento de poesia.

...............

A saudade me invade. Estou tão longe
É hora de ir embora deste lugar
É chegado o final. O espírito me invade a alma.


Gustavo Lobo
Kelen Oliveira
Sandra Pazzini

Momento

A vida é bonita demais!
e nós
vivendo
de
amor!


Gustavo Lobo